
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta segunda-feira (15) a venda do controle da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) para a Sabesp. A transação foi aprovada sem restrições pelo superintendente-geral do órgão, Alexandre Barreto – sem passar pelo plenário do Conselho. Ele concluiu que a operação “não possui o condão de acarretar prejuízos ao ambiente concorrencial”.
A Sabesp comprou 70% do controle da empresa por R$ 1,131 bilhão. Segundo a empresa, “ao unir a segurança hídrica ao potencial energético, a aquisição amplia a sinergia entre os negócios da Companhia e consolida uma base mais robusta para enfrentar os desafios climáticos e de demanda crescente por serviços essenciais.”
A efetivação da compra estava sujeita à aprovação das autoridades regulatórias e concorrenciais, entre outras condições que poderiam suspender a negociação.
Energia
Segundo parâmetros de 2023, a Emae tem 1.663 GWh de energia elétrica gerada – o suficiente para abastecer, em média, 825 mil residências. A eletricidade produzida pela Emae chega ao consumidor final por meio das concessionárias distribuidoras.
A empresa também desempenha papel essencial na prevenção a alagamentos em áreas urbanas por meio do controle dos níveis dos rios Pinheiros e Tietê. Na capital, o serviço é feito pelo bombeamento de águas do Canal Pinheiros para a Represa Billings.
Na ocasião do anúncio da transação, o Governo de São Paulo declarou em nota que a aquisição deve reforçar a segurança hídrica da população paulista, otimizando o gerenciamento de um complexo sistema de barragens, diques e reservatórios, como Billings e Guarapiranga, essenciais para a resiliência hídrica, em especial da região metropolitana de São Paulo.
“A aquisição é uma operação de mercado e pode ampliar os investimentos em segurança hídrica, com o plano da Sabesp de aumentar a reservação de água e o volume de produção em 7 mil litros por segundo usando a estrutura dos reservatórios, garantindo mais resiliência para a Região Metropolitana e a Baixada Santista”, disse o Governo.






