A cidade de São Paulo atingiu em 2024 o menor número de vítimas de homicídio desde o início da série histórica da Secretaria de Segurança Pública (SSP), iniciada em 2001. Foram 498, 18 assassinatos a menos que em 2023. Há duas décadas, o número alcançava 5.463 vítimas.
Os resultados refletem o esforço da polícia paulista em combater crimes contra a vida. Entre as medidas adotadas nos últimos anos estão o aumento nas investigações pela Polícia Civil, reforço no policiamento ostensivo, uso da tecnologia com a instalação de novas câmeras e assinaturas de convênios para compartilhamento do videomonitoramento e expansão da atividade delegada.
Os dados da SSP mostram também que a capital reduziu sua taxa de vítimas de homicídios por 100 mil habitantes. No ano passado, foram registradas 4,36 a cada 100 mil. Este índice chegou a ser 51,9 no início da série histórica. Em 2023, a taxa era de 4,51.
O indicador na capital é menor que o de outras metrópoles mundiais. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de vítimas de homicídios a cada 100 mil habitantes foi superior a de São Paulo em cidades como Austin (Texas) 5,6; Phoenix (Arizona) 7,6; e Denver (Colorado) 8,5. Os dados são do Council on Criminal Justice (CCJ) do país sobre 2024.
O Estudo Global divulgado pela ONU no ano passado sobre homicídios, com base em dados de 2021, aponta o índice global de 5,8 vítimas por 100 mil habitantes, deixando a capital abaixo da média. Para as Américas (do Norte, Central e Sul), a taxa é ainda maior: 15.
A taxa de vítimas de homicídios da cidade de São Paulo vem se destacando positivamente também se comparada a estados e ao índice nacional. O Mapa da Segurança Pública de 2024, divulgado pelo Ministério da Justiça, apontou que o Brasil registrou 18,53 a cada 100 mil habitantes em 2023 e a Região Sudeste, 11,4.
A taxa de vítimas de homicídios estadual ficou em 5,9, aponta a SSP, bem abaixo também da média brasileira e próxima da média global da ONU.
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