Procurada por representantes da Defesa Civil Municipal, a Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Sebastião, localizada no litoral norte de São Paulo, acionou seus alunos para criarem um sistema de monitoramento de áreas de risco e locais de acidentes ambientais na cidade. A ferramenta se faz ainda mais necessária na medida em que se aproxima o período no qual enchentes e outros desastres naturais se tornam mais frequentes em decorrência das chuvas de verão.
As reuniões com a direção e equipe técnica da Defesa Civil para alinhamento das demandas tecnológicas do projeto começaram em outubro de 2024. “Identificamos uma similaridade com outro trabalho que estamos desenvolvendo e nos disponibilizamos a fazer adaptações para atender às necessidades do departamento”, comenta o estudante do curso superior de tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec, Marcelo Rocha Júnior.
Ele trabalha ao lado dos colegas de graduação Isaías da Conceição e Maria Miranda, orientados pelo coordenador do curso, Fábio Lippi Silva. “O software funciona com mapa interativo e recurso de geolocalização para possibilitar que a equipe da Defesa Civil registre características das áreas de risco e locais de acidentes naturais, tais como posicionamento, proximidade de agentes e tipo de ocorrência”, explica Marcelo.
“O diferencial em relação às tecnologias semelhantes disponíveis no mercado são o baixo custo, a simplicidade e eficiência na utilização, além da facilidade para atualização de recursos. O software também permite gerar relatórios e gráficos”, acrescenta Fábio Lippi.
Educação e responsabilidade social
A previsão é de que a ferramenta esteja disponível para uso da Defesa Civil em fevereiro. “Existe uma sintonia muito grande entre o ensino praticado nas Fatecs e as demandas da sociedade. Nós sempre buscamos identificar, além dos muros da faculdade, os problemas que afligem a comunidade local”, afirma o educador.
“Esses projetos que desenvolvemos na Fatec permitem colocarmos em prática os conhecimentos que aprendemos no curso”, observa Marcelo. “Além disso, nos despertam empatia e incentivam um olhar sobre as demandas da sociedade, que nos leva a buscar soluções que possam resolver essas necessidades.”
