O primeiro trem do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo realizou pela primeira vez uma viagem teste no trecho entre as futuras estações Washington Luís e Brooklin Paulista. O trajeto de aproximadamente 800 metros realizado na sexta-feira (24) marca uma nova etapa do processo para validar a segurança e o funcionamento do sistema.
O deslocamento foi realizado com energia das baterias do trem, um recurso tecnológico que garante movimentação autônoma de até 8 km, oferecendo segurança adicional em caso de falhas no fornecimento de energia. Durante o teste, foram verificados itens como a interface dinâmica entre o trem e a viga-guia, passagem pelo AMV (Aparelho de Mudança de Via), propulsão e frenagem do trem no futuro trecho operacional, abertura e fechamento do compartimento de engate do trem e teste da rota de fuga pela passarela de via.
LEIA TAMBÉM: Transporte sobre trilhos tem investimento de R$ 46 bi e gera quase 50 mil empregos em 2024
Também foi realizada a avaliação dos comandos operacionais e eficiência energética das baterias, além de observados aspectos relacionados à segurança, estabilidade e conformidade com os padrões técnicos exigidos.
A Linha 17-Ouro contará com trens projetados para operação totalmente automatizada (sistema UTO) e equipados com tecnologia CBTC, que permite intervalos menores entre composições, otimizando a eficiência e a segurança. Com cinco carros e 60,8 metros de comprimento, cada trem terá capacidade para transportar 616 passageiros, com conforto garantido por ar-condicionado, iluminação LED e áreas acessíveis.
Com investimento de R$ 5,8 bilhões do Governo do Estado, a Linha 17-Ouro está em fase avançada de implantação. O primeiro trecho operacional, com 6,7 km, conectará o Aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda, com integração à Linha 5-Lilás. Após sua conclusão, prevista para 2026, a linha deverá atender cerca de 100 mil passageiros por dia, consolidando-se como uma solução estratégica para a mobilidade urbana de São Paulo.