Limeira realizou hoje (25) a sua primeira Conferência Municipal do Meio Ambiente, com o tema “Emergência climática: o desafio da transformação ecológica”. Participaram da iniciativa cerca de 100 pessoas, entre representantes do Poder Público, universidades e demais interessados. O evento ocorreu no Teatro Nair Bello. A Conferência é uma das etapas mais importantes da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) e tem como objetivo incentivar a ampla participação da população na construção de propostas para enfrentar os desafios climáticos, além de eleger delegados que representarão o município na etapa estadual.
A secretária de Meio Ambiente e Agricultura, Antonieta Polatto, que também presidiu o encontro, agradeceu a presença de todos e destacou a importância de debater amplamente a questão das mudanças climáticas. Ela ainda representou o prefeito Murilo Félix, que não pode comparecer em razão de conflito de agenda. “Foi um dia produtivo de muito trabalho e de muitas propostas; certamente o município de Limeira irá contribuir com o enfrentamento da emergência climática”, disse.
A professora da Faculdade de Tecnologia da Unicamp, Simone Andréa Pozza, realizou a palestra de abertura da conferência, discorrendo sobre o tema “Limeira e a Emergência Climática – o desafio da transformação ecológica”. A palestrante apresentou dados importantes para dar início às discussões dos eixos temáticos. Ela alertou que, entre os principais problemas no Brasil, está uso da terra, e que isso também é observado em Limeira, em especial na questão das queimadas irregulares. O intenso uso de combustíveis fósseis no município também foi apontado como um dos gargalos a serem enfrentados. Já o principal risco a que Limeira está submetida é o da seca. “Isso demonstra que são necessárias ações urgentes”, falou.
A vereadora Mariana Calsa também esteve presente na conferência.
PROPOSTAS
No primeiro eixo, “Mitigação”, foram aprovadas propostas de expansão do transporte público e de gestão e gerenciamento de resíduos nas áreas rural e urbana. Já no segundo, que versa sobre adaptação e preparação para desastres, as propostas aprovadas incluem planejamento de reação contra queimadas e revisão técnica do Plano Municipal de Drenagem. No eixo “Justiça climática”, venceram as proposições de mapeamento georreferenciado da vulnerabilidade social e efetivação das ações no funcionamento de instituições já existentes.
O quarto eixo, “Transformação ecológica”, destaca a criação de política na produção de alimentos no âmbito local. Outra proposta aprovada neste tema é a criação de um programa municipal de inovação e sustentabilidade. Por fim, no quinto eixo, “Governança e educação ambiental”, foi aprovada a proposta de fortalecer a educação ambiental formal nos currículos escolares e o envolvimento da comunidade. Outra proposição é sobre a definição de ações voltadas para setores da sociedade, como empresas, comércios, comunidades religiosas, servidores públicos e produtores rurais.