A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, através de suas coordenadorias, institutos de pesquisa com apoio de entidades do setor, está mobilizando o agro paulista para oferecer suporte às comunidades rurais e urbanas do Rio Grande do Sul, afetadas pelos fortes temporais que causaram inundações em praticamente todo o estado.
Num levantamento prévio, a fase emergência da campanha da SAA já arrecadou 200 mil litros de água, 700 toneladas de mantimentos (alimentos, remédios e utensílios) principalmente através da ação dos presidentes das Câmaras Setoriais e Temáticas da Agricultura. “São muitas ações paralelas e as doações não param de chegar. Com apoio logístico, água e mantimentos chegaram rapidamente ao Sul, mas ainda temos muito material a enviar, como 10 canoas que foram enviados pela Câmara Setorial do Amendoim, região de Tupã e serão levados de avião a partir da base aérea na capital paulista”, afirma José Carlos Faria Jr, coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas da SAA.
Entre as toneladas de mantimentos arrecadados através das unidades regionais da Cati, enviados com apoio do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, estão produtos de limpeza, higiene, alimentos e roupas. Essa rede de solidariedade contou com a parceria de entidades públicas, privadas e organizações da sociedade civil, visando garantir uma resposta eficaz e coordenada às necessidades emergenciais das comunidades afetadas.
Agora, na segunda fase, a campanha tem como foco o apoio técnico à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi/RS), Emater/RS, aos produtores rurais e às entidades do agro gaúcho. “Agora é hora de colaborar com a recomposição das áreas de produção agrícola do estado. Vamos trabalhar para que os campos gaúchos voltem a produzir com qualidade e eficiência”, ressalta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
A próxima fase do Agro SP Solidário prevê a disponibilização de técnicos das Coordenadorias de Defesa Agropecuária (CDA), Assistência Técnica Integral (CATI) e Institutos de Pesquisa (APTA), além de profissionais de T.I.. Cerca de 100 profissionais divididos em equipes seguirão para o Rio Grande do Sul para auxiliar nas diversas atividades nas áreas rurais atingidas, apoiando e avaliando os impactos da emergência climática. “Os municípios estão sem estrutura para atender aos produtores rurais. Todo o setor foi afetado. Desde os técnicos, que perderam suas casas, até as casas de agricultura que estão debaixo d’água”, relata Ricardo Domingues, Coordenador da CATI.
No próximo dia 1º de junho partem de São Paulo três equipes – formadas por médicos veterinários da Defesa Agropecuária da SAA, com carros e equipamentos – para a região de Lajeado. Eles vão levar vacinas contra brucelose e tuberculose, fornecidas pelo Instituto Biológico. “Essas equipes ficarão sete dias no Sul e na semana seguinte parte a equipe de extensão rural com técnicos da CATI”, revela Luiz Henrique Barrochelo, coordenador da Defesa Agropecuária da SAA.
Nesta segunda fase de ajuda, a SAA também inclui suporte tecnológico, pois serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural, da Emater/RS, estão sem acesso aos sistemas digitais até para emitir uma simples Guia de Trânsito Animal (GTA).
Também faz parte da ação a promoção de leilões organizados por parceiros da secretaria. A renda será revertida para a Seapi/RS e Emater/RS, com o objetivo de reconstruir as infraestruturas locais. Além disso, estão previstas doações de equipamentos e aquisição de itens para a retomada da extensão rural no estado gaúcho. E com apoio do setor privado, serão enviadas rações, sementes, medicamentos e defensivos, de acordo com a necessidade dos produtores, após o levantamento dos técnicos.
A iniciativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, em conjunto com o setor produtivo, tem como objetivo promover o bem-estar e a segurança alimentar das populações afetadas pela calamidade no Rio Grande do Sul em apoio aos esforços do Governo de SP, por meio do Fundo Social de São Paulo. “Recompor um setor inteiro leva tempo, dinheiro e requer conhecimento técnico. O solo foi contaminado pela lama e os animais perdidos com a invasão das águas durante os temporais. Nossos técnicos não medirão esforços para ajudar na reconstrução do agro gaúcho”, afirma Piai.
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