Uma exposição temporária dedicada à influência das línguas africanas no Brasil e a celebração do dia de nosso idioma são os principais destaques da programação de maio do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Enquanto a mostra “Línguas Africanas que fazem o Brasil” será inaugurada no fim do mês, a programação do Dia Mundial da Língua Portuguesa acontecerá no dia 4 (sábado), com shows, performances e gastronomia.
O Museu também vai promover novas edições do clube de leitura Papo Literário – o livro do mês é Mata Doce, de Luciany Aparecida – e da Feira de Troca de Livros. Além disso, haverá Sarau Africanizar, Plataforma Conexões e Falas do Corpo.
Nos feriado de Corpus Christi (30 de maio), o Museu funcionará normalmente, sendo uma excelente opção para quem estiver na capital paulista nessas datas. Em 5 de maio (domingo), quando se comemora oficialmente o Dia Mundial da Língua Portuguesa, a entrada para visitar a exposição principal do Museu será gratuita para todos os públicos. Também é grátis aos sábados.
Confira abaixo os destaques da programação.
Nova exposição temporária
Línguas africanas que fazem o Brasil. Este é o título da próxima exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa. Com curadoria do músico e poeta Tiganá Santana, a mostra será inaugurada no fim de maio. O projeto destaca a forte presença das línguas banto, iorubá e eve-fon na configuração do português falado no Brasil, seja em seu vocabulário, seja na sua maneira de pronunciar as palavras e de entoar as frases.
A exposição apresenta ainda linguagens não-verbais da África, que se manifestam por meio de turbantes, cabelos trançados e tambores, e mostra como toda a nossa cultura está impregnada dessa presença negro-africana, que deu uma nova fisionomia ao país.
Dia de celebrar a nossa língua
O Dia Mundial da Língua Portuguesa (5 de maio) será celebrado em 4 de maio (sábado) no Museu da Língua Portuguesa. O evento vai reunir artistas do Brasil (Fabiana Cozza, Slam das Minas, Funmilayo Afrobeat Orquestra), Angola (Ermi Panzo), Guiné-Conacri (Fanta Konatê), Moçambique (Otis Selimane) e Portugal (Dino D’Santiago) com shows e gastronomia. Gratuito, o evento, das 10h às 19h, terá como tema ‘Línguas Africanas no Brasil’. A curadoria é do músico e poeta brasileiro Tiganá Santana e do escritor angolano Kalaf Epalanga. A programação completa, com informações sobre os horários dos shows e ingressos, pode ser consultada neste link.
Livro Mata Doce
O livro Mata Doce, de Luciany Aparecida, é o foco do Papo Literário: narrativas negras em língua portuguesa de maio. O encontro, que será mediado pela escritora Jarid Arraes, terá como tema ‘Presente, passado e futuro, as diversas vozes de mulheres na literatura de Luciany Aparecida’. Vai acontecer no dia 11 (sábado), das 14h30 às 16h30, no Saguão B do Museu, com entrada gratuita.
Lançada pela editora Alfaguara, a obra percorre a trajetória de Maria Teresa, ou Filinha Mata-Boi, com suas mães adotivas e os acontecimentos que cercam um pequeno vilarejo rural no interior da Bahia. A curadoria do Papo Literário em 2024 é de Camilla Dias, integrante dos coletivos Lendo Escritores Negro-Brasileiros e Leituras Decoloniais, além de autora do perfil @camillaeseuslivros no Instagram.
Troca de livros
No dia 11 de maio (sábado), das 14h às 17h, também acontece a 2ª edição da Feira de Troca de Livros, no Saguão B, Pátio B e Calçada. A atividade tem como objetivo proporcionar um espaço de encontro por meio do livro e da literatura e ainda incentivar a leitura.
A cada edição, as pessoas serão estimuladas a trocar com o Museu até oito livros em bom estado: sendo quatro livros por outros quatro livros da instituição e quatro livros por quatro ingressos (válidos até 29 de dezembro de 2024). Caso a pessoa queira doar mais livros ao Museu, não há limite, desde que respeitadas as categorias literárias indicadas.
Serão aceitos livros de literatura infantil, infantojuvenil e adulta nos gêneros poesia, ficção, histórias em quadrinhos, zine, cordéis, biografias, autobiografias, ensaios e arte. Os livros ficarão disponíveis para troca ou serão oferecidos a pessoas em situação de vulnerabilidade. Com esta atitude, o Museu pretende tornar a feira um evento acolhedor e acessível a todos os públicos.
Quem estiver presente na feira também poderá realizar a troca de seus livros entre si, sem a intermediação da equipe do Museu.
Samba no pé
DJ Pedrinho, a passista e apresentadora Cíntia Mello e o professor de samba Will Tequila são os convidados do 3ª Sarau Africanizar no Museu. A passista Cíntia estará acompanhada do grupo Now Music, composto por músicos de várias agremiações do Carnaval de São Paulo. Com a ajuda do professor de samba Will Tequila, ela promete fazer com que todos os presentes no Saguão Central da Estação da Luz dancem. Gratuita, a atividade está marcada para o dia 18 de maio, das 12h às 14h, sob comando do Samba D’Ketu.
O Sarau Africanizar no Museu destaca a cultura afro por meio da poesia, da música, da dança, da moda e das artes visuais. Os trabalhos exibidos estão em diálogo com o tema da exposição temporária Línguas africanas que fazem o Brasil.
Guiné mais perto
Instrumentos africanos, como djembê e balafom, são utilizados nas músicas dançadas, tocadas e interpretadas nas línguas susu e malinke, de Guiné, no show Conexão África D’Oeste – Brasil, atração do 3º Plataforma Conexões. Nesta apresentação, a bailarina Bofory Camara estará acompanhada do grupo Limanya, que conta com os integrantes Mariama Camara, Assane Mboup e Abou Cisse. A performance poderá ser vista no dia 11 de maio (sábado), das 12h às 13h, no Saguão Central da Estação da Luz. Grátis.
Em 2024, o projeto Plataforma Conexões selecionou trabalhos de dez artistas iniciantes nas áreas de música, literatura, dança ou performance, com o tema Línguas Africanas no Brasil, o mesmo da próxima exposição temporária.
Para as pessoas idosas
O Falas do Corpo organiza quatro encontros voltados para o público da terceira idade, principalmente, em maio. Haverá uma oficina de jogo de quebra-cabeça (dia 9), oficina de postais com o Núcleo Educativo (dia 16) e Baile da Terceira Idade com o tema Valsa (dia 23). O projeto é organizado pelo Programa de Articulação Social do Museu em parceria com o educador físico Denny Tavares e acontece às quintas-feiras, das 14h às 16h, no Saguão B do Museu.
Em Belém e no Rio de Janeiro
A exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação pode ser vista nas cidades de Belém, no Museu Paraense Emílio Goeldi, e do Rio de Janeiro, no Museu de Arte do Rio. Com curadoria da artista indígena e mestre em Direitos Humanos Daiara Tukano, e cocuradoria é da antropóloga Majoí Gongora, destaca as cerca de 175 línguas indígenas que existem e resistem nos dias de hoje.
A mostra é uma realização do Museu da Língua Portuguesa, com articulação e patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
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