Transporte via balsas, que funciona 24h horas por dia, sete dias por semana, permanecerá gratuito com a desestatização
A desestatização da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) manterá um importante serviço prestado pela companhia estatal: a travessia por embarcações. Com uma média de 158 mil veículos e 161 mil pessoas transportados por mês em 2023, as balsas da Emae serão mantidas gratuitas e com funcionamento 24h por dia com a concessão da companhia. O leilão da empresa foi realizado na sexta-feira passada (19), na B3, na capital.
Segundo prevê o contrato, o vencedor do leilão da Emae deverá manter a operação e a gratuidade das balsas no reservatório Billings. A partir de 2027, o novo controlador da Emae poderá transferir a operação das balsas ao Estado ou a um outro operador. Para isso, deverá ser elaborado um plano de transição.
As balsas da EMAE
O serviço de travessia de passageiros e veículos por embarcações da Emae funciona 24h por dia, sete dias por semana. O transporte ocorre em Bororé, João Basso e Taquacetuba, e conecta bairros na região de São Bernardo do Campo pelo reservatório Billings, na zona sul da capital paulista. O transporte hídrico é feito com três embarcações do tipo Ferryboat que realizam, mensalmente, cerca de 14 mil viagens.
As travessias contam com cinco equipes de operadores, controladores de acesso e limpeza, trabalhando em turnos de três horários, 24 horas por dia, 7 dias por semana, com intervalos de 9 minutos nas operações de embarque, acomodação de veículos, travessia e desembarque.
A balsa João Basso, que transporta o maior número de usuários, conecta os distritos de Riacho Grande e Taquacetuba, em São Bernardo do Campo, atendendo principalmente os moradores dos bairros de Tatetos, Núcleo Santa Cruz e Taquacetuba.
A embarcação de Taquacetuba liga São Bernardo do Campo à zona sul de São Paulo, do distrito de Taquacetuba à Ilha de Bororé. Já a balsa Bororé liga a Ilha de Bororé ao bairro do Grajaú, localizado na zona sul da capital.
Oportunidades de R$ 220 bilhões
O Governo de São Paulo tem previsão para 13 projetos em leilões ao longo de 2024. O primeiro deles foi o Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte em fevereiro, que vai ligar a cidade de São Paulo a Campinas. Na terça-feira (16), o Lote Litoral foi leiloado, com valor estimado do contrato de R$ 4,3 bilhões, com prazo de 30 anos.
A carteira de projetos de concessões, desestatizações e parcerias da atual gestão estadual é estimada em mais de R$ 220 bilhões em capital privado, com 20 projetos qualificados e a previsão de 44 leilões até o final de 2026.